Acabara de escrever a carta. E fora esta a parte mais simples, apesar dos complexos sentimentos ali descritos. Inexplicavelmente as palavras fluiram sem empecilhos de seu coração para o alvo papel. Só lhe faltava agora um destinatário. Alguém que lhe respondesse com as palavras que queria ler. Que lhe desse exatamente as respostas que procurava. Que pelo menos compreendesse aquele desabafo impresso na folha. Dobrou a mensagem enquanto pensava e a colocou em um envelope selado. Observou-a, silencioso, por longo instante. Até que, finalmente, se convenceu de que aquelas palavras desenganadas que escrevera não eram para outros olhos senão os seus.
10.02.2004
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