18.5.08

A era da ansiedade

Agora, tudo é para agora. O sucesso tem que ser para já. O amor tem que ser para já. A felicidade tem que ser para já. Parece que cada minuto perdido é um ano de vida que se deixa escorrer pelos dedos. É hora de fazer depressa, de conquistar a qualquer preço, de ver o resultado a qualquer custo. E, daí, perde-se o pensar. Refletir leva um tempo que não temos. E perde-se o errar, que já não é permitido, pois tentar outra vez também é utilizar um tempo que já não dispomos. Sem poder refletir, sem poder errar, sobra a ansiedade, o medo, a pressão no peito que nunca passa, a úlcera e a insônia. Sobra a tristeza que, essa sim, chega rápida e intensa. É hora de respirar fundo, recomeçar, colocar o tempo no seu devido lugar.

Um comentário:

Ticcia disse...

Eu acho que se pra gente não é para agora, não adianta, não é para agora. Ou condena-se a si próprio a viver fora de timing (do seu). Melhor é não condenar-se ao agora e à úlcera, ainda que perca-se o timing dos outros. Uma hora ou outra (tenho fé) os relógios se sincronizam. :)

Que bom que voltaste. Tava com saudades.