8.4.07

As (musicais) aventuras de LLL em São Paulo



O Stand Center era um dos maiores "Xing-Lings" de São Paulo, a Feira do Paraguai dos paulistas. Mas foi fechado há algum tempo para virar, ironia das ironias, a sede da Receita Federal. Ficava na Rua Augusta e abrigava uma das melhores lojas de CD da cidade, a Compact Blue. Essa foi a má notícia. A boa é que a loja foi logo reaberta a alguns metros do local original, na sobreloja do novo Ponto Center, número 1.592, a um quarteirão da Paulista. Existem outras filiais por São Paulo, mas nenhuma com a mesma variedade que a da Augusta. O que você quiser, eles têm. Se não tiverem, mandam buscar. E, olha, seu gosto musical tem que ser algo maníaco para não encontrar o que procura no meio de tantos CDs. E, quando eu voltar pra Brasília, não vou ficar carente das minhas visitas à loja. Vou comprar pelo site deles, que recebe encomendas e entrega em qualquer lugar do Brasil. Dica adicional: deixe pra escolher seus discos depois de um Beirute com batata frita no Frevo, que fica do outro lado da rua, quase em frente à galeria.

6.4.07

As (gastronômicas) aventuras de LLL em São Paulo


Petit Gateau de Rapadura com sorvete de limão e melado de cachaça do Salve Jorge.

As (misteriosas) aventuras de LLL em São Paulo

Eu já estava andando pelo centro de São Paulo por uns bons 40 minutos. E morrendo de medo. O feriado deixou as ruas vazias, exceto pelos tradicionais moradores das marquises: pedintes, bêbados e outras criaturas estranhas. E eu com minha mochila nas costas, carregada com uma máquina digital, uma máquina LOMO, um iPod e um livro, que agradaria menos o marginal que eu esperava me assaltar. Para piorar, ninguém parecia saber onde ficava o Centro Cultural Banco do Brasil. Até eu resolver apelar para um guarda sonolento em uma esquina. Andei fazendo cara de mal por mais alguns quarteirões e encontrei o museu fechado. Santo feriado santo. Acho que era outro sinal de que eu não tinha nada o que fazer ali. Resolvi procurar logo um táxi e voltar para a segurança do meu flat. No caminho até uma das avenidas do centro, passo em frente a um pequeno restaurante. Nada escrito na fachada, somente uma imagem impressa de São Jorge colada acima da entrada. Uma porta estreita levava a um corredor que parecia ainda mais apertado, cheio de mesas. As paredes estavam cobertas de fotos de pessoas desconhecidas, emolduradas das formas mais diferentes possíveis. E, lá no fundo, um velho garçom uniformizado olhava emburrado para mim. A cara dele me dizia que ele devia ter uns 148 anos, sendo que 146 deles servindo nesse lugar. Achei o lugar ótimo para uma despedida daquela manhã, mas um croissant, que eu havia comido alguns minutos atrás, acabou me impedindo de entrar ali. Caminhei por mais um pouco até encontrar um ponto de táxi. Enquanto eu me aproximava do carro, pensei no espírito aventureiro que todo viajante solitário precisa ter. Lembrei da sensação de ir além dos guias e mapas, de fazer descobertas próprias. Essas baboseiras todas. Ao invés de voltar para casa continuei meu caminho. Dei outra volta pelos quarteirões até retornar à rua que dava no Mosteiro, perto do passeio com um canteiro, ao lado da sede de um velho banco. Foi nesse momento que minhas pernas tremeram, um arrepio me gelou os pêlos da nuca e uma sensação de falta de ar me atacou. O restaurante comprido, simplesmente, não estava mais ali. Olhei para os lados para ter certeza de que estava no lugar certo, mas meu olhar só encontrou, sentado do outro lado do passeio, um velho me olhando e gargalhando da minha cara assustada.

3.4.07

As (urbanísticas) aventuras de LLL em São Paulo




Ele: Brasília não dá para andar a pé. Tem que pegar carro pra tudo.
Eu: São Paulo não dá para andar de carro. Tem que ir a pé pra tudo.

1.4.07

Contando com LLL



#4 - Dave The Drummer - LovExpress@Lov.e
#3 - Carl Craig - IWTKM Party@Vegas
#2 - Ellen Allien - Hot Summer Nights@D-Edge
#1 - DJ Marky - Vibe@Lov.e