30.11.08

Na cozinha


Strogonoff de Frango com Alho Poró e arroz Basmati

Eu podia estar escrevendo, eu podia estar blogando, mas estou cozinhando pra ir um pouquinho além do trivial italiano.

Nokia Trends 2008 (ou "Como um programa que dá errado pode dar muito certo")


Kid Sister

25.11.08

Briga no closet

As mocinhas usarem a roupa da avó na noite, ôquei.
Os rapaizinhos usarem a roupa da avó na noite, não ôquei.

12.11.08

A saga continua

Então aqui vai a continuação do relato da minha viagem para a Califórnia. Para você não ficar boiando nessa segunda parte, leia a primeira, que começa no post “Califorvacation”, mais abaixo. Acomodem-se que tem muito chão pela frente.

Surfista, eu?


Venice

Se eu não gostei muito de Los Angeles, talvez tenha sido porque eu não fiquei, de fato, lá. A maior parte do tempo eu estive em Santa Mônica, mais perto da praia do que do glamour. Me hospedei em um hotel da rede Travelodge, em Pico Boulevard. Um pouco caro (U$ 120 a diária) mas extremamente limpo e confortável. Depois descobri que podia ter me ficado no Hostel International por míseros U$ 25 e em um lugar bem melhor, na 2nd Street, bem próximo do Pier de Santa Monica. Não sei se os quartos individuais são bons, mas valia a pena arriscar pelo preço e pela localização. Além de perto da praia, o Hostel estava ao lado da 3rd Street Promenade, uma rua fechada cheia de lojas famosas e restaurantes bacanas. Lá você também vê uma série de (bons) artistas de rua e tem até aulas de dança ao ar livre.

Todas as manhãs eu pegava meu carro, ia até a 2nd Street, parava em um estacionamento público (está a 5 minutos de caminhada do Pier e custa US$ 2, enquanto os estacionamentos na beira da praia custam US$ 10), tomava um baita café reforçado no Jinky's Cafe (1447, 2nd Street) e depois passeava de bicicleta de Santa Monica até Marina del Rey. Mais ou menos 1 hora de pedal.


Só não tinha frescobol em Santa Monica.

E no caminho você vê de tudo: gente fazendo de capoeira a ioga, muros para treinar grafite, vendedores ambulantes hippies (em Venice) e, claro, surfistas. O clima – psicologicamente e meteorologicamente falando – era tão bom, que me peguei pensando ter gostado mais de Santa Monica e arredores do que de Nova York. Será que virei “pode crê”?

Muitas comidas...

No pier de Santa Monica ainda acontecem alguns eventos durante o ano. No dia em que cheguei por lá, pude escolher entre um Festival de Barbecue, com especialistas em churrasco de todo os EUA, e um Festival Culinário de Santa Monica, com barraquinhas de vários bons restaurantes da cidade. Fiquei com o segundo, que era mais o clima do lugar do que um bando de red-necks defumados.


Pequenas porções, grande negócio

Funcionava assim: você pagava US$ 40 e tinha direito a comer em todas as barraquinhas do lugar (bebidas à parte) que iam do manjado Hooter’s até, dizem, o melhor sushi de Santa Monica. Mas o que parecia o paraíso, não era tão apetitoso assim não. Em resumo: filas enormes e porções microscópicas. Este segundo aspecto, por um lado, era bom, porque acabei experimentando um pouco de casa restaurante. Mas, mesmo assim, ficou na cara que os samplers eram muito mais para fisgar novos clientes do que uma experiência culinária.

... e uma boa história.


Adoro fila


Sobre as filas, tenho uma história engraçada. Em uma delas, me distraí por um momento, e, do nada, apareceu um moleque de uns 13, 14 anos na minha frente. Como eu não tinha certeza se ele estava ou não ali antes, fiquei na minha. Logo depois chegou o pai do garoto, o que me fez imaginar que ele realmente já estivesse na fila. Corta para outra fila, bem maior do que as outras, em uma disputada barraquinha de sorvetes italianos. Umas garotas conversam animadas um pouco mais à frente enquanto, sorrateiramente, aquele mesmo moleque de 13, 14 anos se esgueira para dentro da fila. "Que son of bitch", pensei. E, como sou o cara mais psicopata de fila do mundo, não deixei barato. Grudei no furão e falei que sabia que ele estava fazendo aquilo em todas as filas. As meninas me olharam assustadas, mas a cara do menino foi ainda mais assustadora. No Brasil, ele com certeza, discutiria, dizendo que já estava ali, ou dizendo que se enganou, etc. Mas, lá, a vergonha foi tão forte, que o moleque não conseguiu pronunciar uma só palavra. Simplesmente saiu da fila, com uma cara roxa de pavor e sem muito rumo. Depois vi o pai procurando por ele, na fila, sem encontrá-lo. Aqui não, malandrão.

O melhor hamburguer do mundo


And the Oscar goes to... (Gostei tanto do hamburguer que esqueci de tirar foto. Peguei essa no Flickr.)

Esqueça aqueles restaurantes estilo Friday’s ou Fiftie’s, que, claro, existem aos montes por lá. O melhor hamburguer do mundo é servido em um boteco de Santa Monica chamado Father’s Office(1018 Montana Avenue). Mas você tem que ir até o caixa pedir, porque os garçons só entregam os pedidos. Eles não ficam pelo salão atendendo. E isso também é parte da mística do lugar, que não troca os ingredientes de nenhum de seus pratos e serve ainda 30 tipos diferentes de chopp. Talvez os 2 que eu tomei – Stone Brewing Arrogant Bastard e Craftsman 1903 Prohibition Lager - tenham contribuído no meu julgamento, mas os ingredientes do hamburguer já provam que ele não é como os outros:

- Hamburguer sem conservantes (peça medium rare);
- Cebola caramelizada;
- Bacon
- Queijo Gruyére;
- Queijo Maytag Blue;
- Rúcula;
- Batata frita em palitinhos bem fininhos e crocantes.

A mãe de todas as desculpas

Ontem quis beijar uma mocinha e ela recusou.
Disse que era por causa da crise.

4.11.08

Pequeno Lembrete (atrasado) para Referência Futura 1

Restaurante Colina Verde, em Nova Petrópolis, Rio Grande do Sul. Se for em boa companhia, ainda mais incrível! :)

Pequeno Lembrete para Referência Futura 2

Manter o Gelol em aerosol longe do Desodorante em aerosol.

30.10.08

Nada ou tudo



Tem dias em que você não espera nada. E acontece de tudo.

29.10.08

Califorvacation


Hey, ho, let's go!

Bom, então vamos lá pra minha viagem à Califórnia. Foram 10 dias entre Los Angeles e San Francisco, passando por Santa Barbara, San Luis Obispo, Carmel e Monterey, via Highway One. É, só eu e Deus. E em alguns lugares Ele nem topou entrar comigo. Achou a galera estranha e preferiu voltar para o hotel.

Eu queria postar tudo de uma vez, mas, como tá complicado, vamos aos poucos. Quando você chegar ao post “Contando Estrelas” acabou esse primeiro bloco. Depois vem mais.

By myself


Eu sou aquele segurando a câmera

E todo mundo me pergunta se não é chato viajar sozinho. Como tudo na vida, tem vantagens e desvantagens. Se eu quero encarar um festival de 6 horas, depois uma caminhada de 40 minutos, para dançar mais 3 horas em um after (ver o post sobre essa peripécia em San Francisco), eu simplesmente vou. Sem consultar ninguém. Meus joelhos reclamam, mas quem manda neles sou eu. Mesmo que eles se vinguem dolorosamente depois. O outro lado é aquela vontadezinha de comentar um quadro, uma paisagem, uma pessoa engraçada, com alguém e nem sempre poder. Ou pior: lembrar de alguém que você gostaria que estivesse ali te acompanhando. Mas, aí, você anda mais um pouco, sente mais dor nos joelhos, e a lembrança passa.

Cidade dos Anjos. E dos carros.


Rodeo Drive, de dentro do carro

Achei Los Angeles uma cidade difícil de ser vivida. Não é como as outras em que você, com um pouquinho de estratégia e estudo, consegue aproveitar e absorver como se fosse um local. Pra aproveitar de verdade aquele lugar, só mesmo sendo uma estrela de cinema. Foi a sensação que tive ao assistir na TV, pela primeira vez, um episódio da série Entourage, que se passa em LA. Aqueles caras sabem como e onde se divertirem pela cidade. E tem acesso a isso.

Além de tudo, é uma cidade em que não se sobrevive sem um carro. E com GPS. Uma dica: dependendo do tempo que você for ficar por lá, vale mais a pena comprar um GPS do que alugar pelos dias em que você for utilizá-lo. Ele só vai funcionar nos EUA, mas você pode emprestá-lo depois para um amigo que estiver indo pra lá. (Valeu, Luchiiiii!)

E quando falo Los Angeles aqui me refiro àquelas partes onde ficam a Hollywood Boulevard, Beverly Hills, Melrose, etc. Porque a parte mais perto da praia, para mim, foi outra história. Mas, de qualquer jeito, vai aí uma dica bacana da Cidade dos Anjos.

Dim Mak Tuesdays


É aqui mesmo.

Um dos guias online que consultei para a viagem dizia que São Paulo tem o que as outras cidades do mundo só fingem ter: uma vida noturna de segunda à segunda. E, fora o mundo Entourage, é difícil mesmo encontrar uma baladinha fora dos fins de semana. A única que esbarrei foi a “Dim Mak Tuesdays”. A Dim Mak é uma gravadora que tem em seu catálogo gente como MSTRKFT, Steve Aoki, Bloody Beetroots e outras esquisitices que tenho escutado bastante ultimamente. E eles tem também essa festa, na terça-feira, em um lugar chamado Cinemaspace, na 6356 Hollywood Boulevard. E pra lá eu fui, depois de um legítimo hot dog no Mel’s Drive In, bem tradicional da cidade.


Strange party with freak people

E quase perdi a festa que mais queria ir em toda minha viagem. Só com minha carteira de motorista, fui barrado na porta por não estar com o passaporte. Depois de muita conversa, paguei um “Passport Problems Fee” de US$ 20 e consegui entrar. É, o jeitinho americano também existe. Mas, lá dentro, as coisas não foram como eu esperava. Apesar do lugar bacana, as pessoas e a música não foram tão assim. Os DJs principais não se apresentaram, a banda convidada não era essas coisas e o povo era uma mistura de turistas perdidos – eu sabia o que estava fazendo – e locais entediados. Tudo bem diferente das fotos que eu tinha visto. Mas coloquei a dica aqui porque, na semana seguinte, umas amigas pra quem indiquei o lugar estiveram lá e, para elas, foi a melhor balada de todos os tempos. Com direito ao Steve Aoki e o Does it offend you, yeah? tocando por lá. Pois é. Quem sabe da próxima vez.

Conversas de Aeroporto

Depois de receber um CD autografado de um senhor estrangeiro, por ajudá-lo a fazer uma ligação internacional no orelhão, a mocinha do quiosque comenta com um outro passageiro:

Menina do quiosque: Nosssa não sabia que ele era cantor!
Passageiro: É sim.
Menina do quiosque: Ele tá começando?
Passageiro: Não. Tá terminando.

Contando estrelas


Esse eu não encontrei. Ainda bem!

Ir a Los Angeles e não encontrar uma celebridade é como ir a Los Angeles e não encontrar uma celebridade!

Kurt Russel – comendo no Johnny Rocket da 3rd Street Promenade
Diego Luna – correndo em Venice

BÔNUS
Rogério Flausino – no Treasure Island Festival em SF (Hahahaha!)

Daqui a pouco, mais uma saraivada de posts sobre minha viagem

28.10.08

Tatuagens novas. Texto antigo.



Funciona mais ou menos assim: você escuta os outros falando como é bom, vê algumas pela rua e aquilo acaba despertando a curiosidade. "Como seria se eu tivesse uma tatuagem?" A partir daí é possível que você pense mais seriamente no assunto ou simplesmente deixe o tempo passar. Até que um dia ela aparece. A ilustração perfeita. Claro, tem gente que pega qualquer desenho porque "acha bonito", porque "é legal". Outros preferem fazer uma pesquisa mais detalhada. Mas, pra mim, ela surgiu naturalmente. Uma figura que tem a ver comigo, que diz algo sobre mim, e que, porque não, me completa. Começa a fase do namoro, da análise, das dúvidas, "será que é isso mesmo que eu quero?". Porque não dá simplesmente para pensar "Ah, se não ficar bom, eu tiro". E, assim, chega o dia da decisão enfim tomada. Felicidade e ansiedade em doses iguais, por aquilo que somente está por vir. Mas tudo isso passa. E vem a dor. Estridente, desconcertante. Sim, suportável, mas que desestabiliza e, por alguns instantes, faz esquecer todas aquelas coisas boas do processo: a escolha do desenho, as melhorias feitas nele com o tempo, a notícia dada aos amigos. Uma dor que, apesar de tudo, é necessária. A gente levanta daquela mesa e promete nunca mais se sujeitar àquilo de novo. Passar por tanto sofrimento não vale a pena. Não compensa. Aos poucos a ferida das agulhas cicatriza. Cria-se uma casca, preparação para a pele nova que nasce. A coceira te recorda algumas vezes do que a pouco você passou. Até que um belo dia, do nada, você se esquece. Da tatuagem e da dor. E olha que o desenho está ali. O sentimento, não mais. Vez ou outra a gente dá de cara com a imagem te olhando no espelho. Ou alguém lembra você dela. Mas a marca já se incorporou. Depois de tudo já não parece tão absurdo fazer outra. E foi assim, pensando em fazer minha segunda tatuagem, que eu encontrei, despretensiosamente, uma interessante metáfora para o amor.

25.08.2004 (na época da minha primeira tatuagem)

27.10.08

Migalhas

E nós ficamos ali, parados, um olhando para o outro, por pelo menos 15 minutos. Eu já tinha dito tudo e até um pouco mais do que precisava. Ela, mesmo calada, parecia explicar, tim-tim por tim-tim, porque as coisas entre nós não dariam certo. Só com o jeito de piscar, de mordiscar levemente os lábios, de arquear os ombros. O ponto final do seu silencioso discurso foi um longo e apertado abraço. Foi quando senti uma estranha sensação de algo se despedaçando em minha calça. Ela saiu, sem se despedir e sem olhar para trás. Minha única reação foi enfiar a mão em meu bolso. Para tirar de lá uma esfarelada paçoquinha chamada Amor.

26.10.08

Repetência

Ela repete sem paciência. Chega a alterar a voz. E me põe de castigo. Me repreende na frente de todos. Sem contar as reclamações por escrito. A palmatória, ela ameaçou ressucitar. O chapéu de burro e o canto da parede, também. E, por mais que a lição seja passada e repassada, eu não aprendo.

16.10.08

Hey, Mr. Deejay



Com o convidado especial, DJ Lúcio, debutando na noite paulistana! ;)

13.10.08

Enquanto isso, nunca é demais lembrar...

Uma mentira, seja qual for, sempre dói mais que a verdade.

Justiça ao Cubo

Foram 3 shows do Justice em 1 semana. Com direito à briga, franceses ensandecidos, muitas fotos e vídeos. Também conto pra vocês em um minuto.


O exato momento, segundo meu amigo Léo, em que a nave espacial fez a curva. Justice no Circo Voador no Rio de Janeiro.

Colocando as coisas nos trilhos



Daqui a pouco eu retomo esse buteco aqui, depois de tantas promessas. E começo contando das minhas férias em Los Angeles e San Francisco. Vai se acomodando, que já já a gente sai. Pode ficar em pé na lateral se quiser. Mas sempre olhando pra frente.

30.8.08

Momento Amigo Gay da semana

Eu vim pela experiencia socio-antropologica. Mas nao tem como eu nao me sentir o amigo gay passeando pela Jose Paulino, com uma amiga (serio, amiga), procurando roupa.

Em tempo: a falta de acentos e porque escrevo do telefone, enquanto minha amiga se estapeia por um vestidinho. Vou la resgata-la.

Update: comi um milho na palha, e nao no potinho, como e moda por aqui. - 10 pontos gays.

Update 2: - Nunca um namorado meu saiu pras compras assim comigo.
- Voce ta andando com os namorados errados.
(Depois eu pensei melhor e o errado devo ser eu.)

29.8.08

E falando em trânsito...

Título não aprovado para Nissan:

"Se for para ficar preso no trânsito,
que, pelo menos, você tenha cela especial."

Ladeira, engarrafada, abaixo

Chegar no fim do dia (de ontem) e constatar que passei mais tempo dentro do carro do que trabalhando já pode ser considerado um dos pontos baixos da minha história paulistana.

Tudo bem que a viagem para Campinas ajudou. Mas o trânsito de São Paulo deu números finais a esse absurdo.

26.8.08

Rua da Mata Vida

Se algum dia você entrar de carro na sua rua estreita, às 10h30 da noite, exausto do trabalho, tendo que chegar logo em casa pra escrever mais uns 100 títulos, e precisar esperar infinitos 10 minutos, porque um caminhão de lixo trafega vagarosamente atrapalhando a passagem, não pense que você é o mais infeliz dos mortais. Lembre-se: tem alguém, provavelmente mais exausto que você, catando sacos de lixo em uma rua estreita às 10h30 da noite.

Ensaio sobre a visão



“Ensaio sobre a cegueira” (Blindness), o novo filme de Fernando Meirelles inspirado no livro de José Saramago, tem todos os capítulos da velha batalha entre a obra escrita e a adaptação para o cinema. As traduções literais, as licenças poéticas do diretor, o corte de partes importantes do texto original. Tudo isso sem comprometer a qualidade e a emoção da película, que, ainda assim, fica alguns degraus abaixo do livro.

Isso pode soar óbvio, mas, no caso específico desta adaptação, um detalhe é ainda mais cruel com a obra audiovisual: um livro que fala sobre a cegueira causa uma ansiedade ainda mais intensa, já que o ato de ler, em si, é cego. Tudo é imaginado, nada é visto em um livro. Essa força se perde no filme, onde tudo é retratado. Mesmo com o diretor usando uma fotografia extremamente branca e “estourada” para transmitir a angústia trazida pela cegueira da história.

O roteiro, no entanto, consegue passar bem o conflito de uma humanidade que, de repente, se vê completamente cega e sem saber como agir. O roteirista Don McKellar, que também atua no filme no papel do Ladrão, manteve os pontos chave do livro e, assim, construiu uma história bem contada, que prende a atenção de quem assiste, ao mesmo tempo que mantém o lado filosófico da obra de Saramago, no qual o ditado “em terra de cego quem tem um olho é rei” é reinterpretado de uma maneira supreendente.

Ao contrário de “O Jardineiro Fiel”, filme anterior de Meirelles, que me parece “cinemão americano” com uma estética mais independente, o Ensaio pode ser encarado de maneira completamente oposta: um filme independente – tanto na concepção quanto na temática – com uma cara mais comercial. E, isso, no melhor sentido possível, quando o refinamento e o conhecimento da técnica estão totalmente à serviço da obra, além da presença de atores renomados do cinema holywoodiano.

E sobre as atuações, confesso ter um pouco de resistência à Alice Braga, sempre com um inglês que não é perfeito mas sem a humildade de se assumir assim. Ainda mais fazendo um papel de tanto destaque no filme (A Mulher de Óculos Escuros) e tendo que contracenar com a Julianne Moore, que dá um banho no papel principal e consegue até ficar feia em alguns momentos do filme. Mark Ruffalo e Danny Glover, que merecia mais momentos no filme, fazem um “par perfeito” com as duas atrizes.

No fim das comparações entre a obra de Saramago e a de Meirelles fica a satisfação de poder aproveitar as duas sobre pontos de vista diferentes. Sem trocadilho.

“Ensaio Sobre a Cegueira” estréia no circuito comercial brasileiro dia 12 de setembro.

23.8.08

Manggia!



Pra começar bem a parte "saúde" do mantra:
Rigatoni ao molho de tomate e mussarela ao forno!
:D

Saúde e escrita

Esse será o meu mantra daqui para frente. Chega de perder tempo e gastar energia com coisas "menores". Não prometo, mas é grande a probabilidade disso aqui voltar a ficar movimentado. Aguardem as cenas dos próximos capítulos.

15.8.08

Um amor, um sorriso, uma flor



Me emocionei, mas não chorei.
Medo que o som da minha lágrima atrapalhasse João.

01- "Aos Pés da Cruz"
02- "13 de Ouro"
03- "Wave"
04- "Caminhos Cruzados"
05- "Doralice"
06- "Meditação"
07- "Preconceito"
08- "Disse Alguém"
09- "O Pato"
10- "Corcovado"
11- "Samba do Avião"
12- "Lígia"
13- "Você Já Foi à Bahia?"
14- "Rosa Morena"
15- "Morena Boca de Ouro"
16- "Desafinado"
17- "Estate"
18- "Só Vou pra Casa"
19- "Chega de Saudade"
20- "Isto Aqui o que É"

Bis

21- "Chove Lá Fora"
22- "O Nosso Olhar"
23- "Bahia com H"
24- "Da cor do pecado"
25- "Samba de uma Nota Só"
26- "Retrato em Branco e Preto"
27- "Samba de uma Nota Só"
28- "Guacyra"
29- "Pra Machucar Meu Coração"
30- "Garota de Ipanema"

8.8.08

Sorry, Periferia!



Poltronas C 17 e C 19. Deixa eu repetir: fileira Cê! A, B e, depois, C.

31.7.08

Athos Bulcão 1918 - 2008



Convivi com Athos Bulcão nos melhores anos da minha vida.
Lá no Guará, na casa dos meus avós maternos.
Meu tio, engenheiro, trabalhou nas obras do Palácio do Itamaraty. De lá, trouxe algumas sobras de azulejos que seriam colocados na garagem onde eu jogava bola durante a minha infância. Era um grande painel branco e azul, cheio de formas estranhas, que não se encaixavam, mas de uma beleza que chamava minha atenção desde moleque. Só muito tempo depois me dei conta do tesouro que estava naquela garagem. Muito tempo depois do falecimento dos meus avós e da casa ter sido alugada. Espero que os novos inquilinos saibam reconhecer aquela obra de arte que, por muitas vezes, pensei em fotografar como recordação. Da minha infância e, agora, de Athos Bulcão. Sinto a perda do fundo do coração. E gostaria de ter visto mais Athos Bulcão por Brasília do que Niemeyer.

18.7.08

Segunda Opinião

O doutor falou que meu coração está perfeito.
Errou longe.

7.7.08

Um segunda-feira cinza, apesar do sol

Se me pedissem pra descrever São Paulo em uma palavra, eu dira: intensidade. Nada é morno aqui. O trabalho é intenso, as transgressões são intensas, as paixões também. O coração tem que ser forte aqui. No sentido físico e também sentimental. Não é fácil não.

No sun will shine in my day today
(No sun will shine.)
The high yellow moon won't come out to play
(Won't come out to play.)
Darkness has covered my light (and has changed,)
And has changed my day into night
Now where is this love to be found, won't someone tell me?
'Cause life, sweet life, must be somewhere to be found, yeah
Instead of a concrete jungle where the livin' is hardest
Concrete jungle, oh man, you've got to do your best, yeah.

No chains around my feet, but I'm not free
I know I am bound here in captivity
And I've never known happiness, and I've never known sweetcaresses
Still, I be always laughing like a clown
Won't someone help me?
Cause, sweet life, I've, I've got to pick myself from off theground, yeah
In this here concrete jungle,
I say, what do you got for me now?
Concrete jungle, oh, why won't you let me be now?

I said life must be somewhere to be found, yeah
Instead of a concrete jungle, illusion, confusion
Concreate jungle, yeah
Concrete jungle, you name it, we got it, concrete jungle now

Concrete jungle, what do you got for me now?


Concrete Jungle - Bob Marley (Em outros tempos eu recomendaria a versão da Céu. Mas, hoje, vai a soturna versão original mesmo)

Bons tempos que um dia voltam

Quando eu leio os arquivos mais antigos do LLL, eu tenho até vontade de chorar. Onde foram parar aqueles textos???

6.7.08

Paixão retribuída



3 x 0 no Náutico.
O Vasco perdeu.
O Fluminense perdeu (De novo)
O Botafogo ganhou (E deixou o Grêmio longe)
É muito bom ver que algumas paixões são retribuídas.
E eu, como sempre, invisto nas minhas paixões: Maraca, dia 13 estou aí de novo.

4.7.08

Self-defense

O apaixonado é um idiota com uma boa causa.

Pequeno Rol de Gentes Odiosas - Nova inclusão

Motoboys de São Paulo (agora o ódio é oficial)

Estupradores
Guardadores de Carro
Motorista de Táxi de Lima, Peru

1.7.08

Pequeno Inventário Eletrônico 2008 (JAN - JUL)

Sharam @ Centro de Convenções - Brasília
Mark Farina @ Clash - SP
Sterac @ Clash - SP
Tocadisco @ D-Edge - SP
Tiefswarz @ D-Edge - SP
Dusty Kid @ Clash - SP
Chris Liebing @ Clash - SP
Deadmau5 @ Anzu - Itu

29.6.08

O maior rato do mundo



Quando todas as revistas e sites falavam da revelação que era o Deadmau5 ("dead mouse"), eu achava meio exagerado. Tudo isso por causa daqueles housezinhos divertidinhos progressivinhos dele? Então resolvi encarar 100 km de estrada para ir, acreditem, até Itu para ver o canadense tocar. Verdade, ele fez uma tour pelo Brasil e não tocou em São Paulo o que, de certa forma, até aumentou minha desconfiança. Mas como eu tenho um set dele que não pára de tocar no meu computador, achei que valia o esforço.

E que esforço. Na terra onde tudo é grande, mega fila, mega confusão. O mega club Anzu parecia não estar preparado para tanta gente. E fez feio na entrada. Mas acertou lá dentro, com uma super aparelhagem de som e luz (ver foto). Depois do calvário para entrar (1h20 de demora), relaxei e esperei a chegada de uma noite cheia de house progressivo que, apesar não ser meu estilo preferido, não me incomoda. Parecia tudo pronto para combinar com as patricinhas e os patricinhos "ornando" com suas champanhes na mão. Mas o Deadmou5, que não tinha nada a ver com isso, surpreendeu a todos. Mentira, acho que só surpreendeu a mim mesmo, que pouca gente ali parecia se dar conta de quem ele era.

A supresa começou com a enorme cabeça de rato vestida por ele, que eu acreditava ser uma coisa só para as fotos de promoção. E continuou com MUITO techno, MUITO electro, MUITO electro house e MUITO POUCO house progressivo. Se me lembro bem, depois de tanta vodka, foram "Not Exactly" com uns vocaizinhos meio tribais, "Jaded" e mais umas 2 ou 3 músicas do estilo. No resto, porrada muito dançante! Como é bom não esperar nada e receber tudo. Ainda mais se forem 3 horas de música pra pular e gritar como se eu estivesse em um show. Desde o Booka Shade, no TIM Festival de 2006, eu não dançava tanto.

E Itu, com seus exageros em forma de objetos gigantes, mostrou que críticos não exageravam quando falavam desse super rato de cabeça vermelha.

16.6.08

Justiça seja feita



Dia 27 de Setembro, no Brasil.
Et Justice pour tous.

2.6.08

Raça, amor e paixão



Expelí um câncer ontem. Pela garganta.

28.5.08

Open the gates

Eu não sei se eu já falei aqui que, quando eu sou bom, eu sou muito bom. Mas, quando eu sou mal, eu sou um filho da puta do caralho de mal. Coitado de quem despertou o taurino que está a flor da pele ultimamente.

25.5.08

O bom filho



O melhor não é morar em Brasília. É voltar para cá.
Rever a família, os amigos e tirar fotos incríveis mesmo com uma câmera vagabunda de celular.

18.5.08

Não se reprima



Ainda bem que nunca falta piada pronta, praquelas semanas em que você está com um mal-humor do cão.

A era da ansiedade

Agora, tudo é para agora. O sucesso tem que ser para já. O amor tem que ser para já. A felicidade tem que ser para já. Parece que cada minuto perdido é um ano de vida que se deixa escorrer pelos dedos. É hora de fazer depressa, de conquistar a qualquer preço, de ver o resultado a qualquer custo. E, daí, perde-se o pensar. Refletir leva um tempo que não temos. E perde-se o errar, que já não é permitido, pois tentar outra vez também é utilizar um tempo que já não dispomos. Sem poder refletir, sem poder errar, sobra a ansiedade, o medo, a pressão no peito que nunca passa, a úlcera e a insônia. Sobra a tristeza que, essa sim, chega rápida e intensa. É hora de respirar fundo, recomeçar, colocar o tempo no seu devido lugar.

15.5.08

El toro sufre



¿Y donde sacar las fuerzas ahora?

O Homem fora de Timing

Até o post é fora de hora. Era para ter sido escrito há muito tempo. Pra falar do Homem fora de Timing. E me desculpe o uso da palavra estrangeira, mas não existe nada em bom português que exprima melhor esse conceito. A fração de segundo exata que define o que é bom e o que é ruim. Aquele fio de cabelo de tempo que separa o que será do que poderia ter sido. E o Homem fora de Timing é aquele que não acerta nunca esse momento. Seja na piada, seja na resposta, seja nas decisões que podem mudar o rumo da sua vida. Ele está meio ponteiro atrás. Ou à frente. O click nunca é escutado quando deveria. Já passou, ele perdeu. Foi adiantado, não era ser naquele momento. Muitas vezes esse descompasso vem da simples escolha, mas aparece, também, por ele ser, irremediavelmente, o Homem fora de Timing. E nada se ganha sendo alguém que luta dia após dia contra o tempo. E muitas são as perdas. Perde o ônibus, perde a tirada, perde a namorada, perde o futuro. Muito mais eu teria a dizer sobre o Homem fora de Timing e seus inevitáveis tropeços com os segundos, minutos, horas. Mas, como eu já falei, esse post também perdeu o bonde. Porque essa já não é a hora certa para acrescentar mais nada sobre o Homem fora de Timing.


1 ano depois. Que belo retorno...