7.8.12

A maior competição da humanidade.

Aproveitando o clima de Olimpíada, e tomado pelo espírito do Barão de Coubertin, gostaria de comentar sobre uma das competições mais antigas da humanidade. Aquela que não espera de 4 em 4 anos para acontecer: a celeuma entre homens e mulheres. Disputada em importantes categorias como “quem trai mais”, “quem é mais fofoqueiro”, “quem é mais maduro”, essa batalha milenar vem ganhando força nos últimos anos com o aparecimento das redes sociais, um verdadeiro Olimpo onde acusações e ressentimentos são disparados pelos dois competidores. Tal qual na prova de lançamento de dardo mas com o objetivo de atingir em cheio o adversário. Entre ataques raivosos e argumentações pseudo-intelectuais existe na rede até o caso de um notório jornalista brasileiro que adora competir na equipe das mulheres. Com artigos fartamente compartilhados na internet, que utilizam o seu conhecimento dos segredos e das fraquezas masculinas em prol da equipe feminina. Como um atleta naturalizado, que utiliza a lábia para encantar seu novo time (será que elas não percebem?) Mas arremesso então a pergunta: em tempos de igualdade entre os gêneros, não será a hora de todos assumirmos que somos iguais na força e na fraqueza, nas virtudes e nos desvios de caráter, na saúde de na doença? Como em qualquer guerra, nesta também não há vencedores. E pedir uma trégua não significa assumir que estamos errados (nem certos). Significa que ambas as partes precisam conversar e se entender, ao invés de se matar por uma medalha que não existe. Talvez a resposta para esse embrólio esteja fora dos jogos olímpicos. Em um esporte que nunca chegou perto de uma competição internacional e, pasmem, é 100% brasileiro: o frescobol. Nunca mais esqueci a frase de um amigo sobre relacionamentos amorosos, que acredito também se encaixar em qualquer outro tipo de relacionamento: “não pode ser como tênis, um tentando ganhar do outro. Tem que ser como frescobol, com os dois se esforçando pra não deixar a bola cair.” Aqui sim está o segredo para o ouro nessa competição. Sendo assim, fica aqui o meu singelo voto pelo fim dessa briga cheia de argumentos bobos entre homens e mulheres. Seja na internet, seja na mesa de boteco. E, ainda, meu pedido de inclusão do frescobol nas Olimpíadas como o esporte que melhor representa o espírito olímpico.