30.10.08

Nada ou tudo



Tem dias em que você não espera nada. E acontece de tudo.

29.10.08

Califorvacation


Hey, ho, let's go!

Bom, então vamos lá pra minha viagem à Califórnia. Foram 10 dias entre Los Angeles e San Francisco, passando por Santa Barbara, San Luis Obispo, Carmel e Monterey, via Highway One. É, só eu e Deus. E em alguns lugares Ele nem topou entrar comigo. Achou a galera estranha e preferiu voltar para o hotel.

Eu queria postar tudo de uma vez, mas, como tá complicado, vamos aos poucos. Quando você chegar ao post “Contando Estrelas” acabou esse primeiro bloco. Depois vem mais.

By myself


Eu sou aquele segurando a câmera

E todo mundo me pergunta se não é chato viajar sozinho. Como tudo na vida, tem vantagens e desvantagens. Se eu quero encarar um festival de 6 horas, depois uma caminhada de 40 minutos, para dançar mais 3 horas em um after (ver o post sobre essa peripécia em San Francisco), eu simplesmente vou. Sem consultar ninguém. Meus joelhos reclamam, mas quem manda neles sou eu. Mesmo que eles se vinguem dolorosamente depois. O outro lado é aquela vontadezinha de comentar um quadro, uma paisagem, uma pessoa engraçada, com alguém e nem sempre poder. Ou pior: lembrar de alguém que você gostaria que estivesse ali te acompanhando. Mas, aí, você anda mais um pouco, sente mais dor nos joelhos, e a lembrança passa.

Cidade dos Anjos. E dos carros.


Rodeo Drive, de dentro do carro

Achei Los Angeles uma cidade difícil de ser vivida. Não é como as outras em que você, com um pouquinho de estratégia e estudo, consegue aproveitar e absorver como se fosse um local. Pra aproveitar de verdade aquele lugar, só mesmo sendo uma estrela de cinema. Foi a sensação que tive ao assistir na TV, pela primeira vez, um episódio da série Entourage, que se passa em LA. Aqueles caras sabem como e onde se divertirem pela cidade. E tem acesso a isso.

Além de tudo, é uma cidade em que não se sobrevive sem um carro. E com GPS. Uma dica: dependendo do tempo que você for ficar por lá, vale mais a pena comprar um GPS do que alugar pelos dias em que você for utilizá-lo. Ele só vai funcionar nos EUA, mas você pode emprestá-lo depois para um amigo que estiver indo pra lá. (Valeu, Luchiiiii!)

E quando falo Los Angeles aqui me refiro àquelas partes onde ficam a Hollywood Boulevard, Beverly Hills, Melrose, etc. Porque a parte mais perto da praia, para mim, foi outra história. Mas, de qualquer jeito, vai aí uma dica bacana da Cidade dos Anjos.

Dim Mak Tuesdays


É aqui mesmo.

Um dos guias online que consultei para a viagem dizia que São Paulo tem o que as outras cidades do mundo só fingem ter: uma vida noturna de segunda à segunda. E, fora o mundo Entourage, é difícil mesmo encontrar uma baladinha fora dos fins de semana. A única que esbarrei foi a “Dim Mak Tuesdays”. A Dim Mak é uma gravadora que tem em seu catálogo gente como MSTRKFT, Steve Aoki, Bloody Beetroots e outras esquisitices que tenho escutado bastante ultimamente. E eles tem também essa festa, na terça-feira, em um lugar chamado Cinemaspace, na 6356 Hollywood Boulevard. E pra lá eu fui, depois de um legítimo hot dog no Mel’s Drive In, bem tradicional da cidade.


Strange party with freak people

E quase perdi a festa que mais queria ir em toda minha viagem. Só com minha carteira de motorista, fui barrado na porta por não estar com o passaporte. Depois de muita conversa, paguei um “Passport Problems Fee” de US$ 20 e consegui entrar. É, o jeitinho americano também existe. Mas, lá dentro, as coisas não foram como eu esperava. Apesar do lugar bacana, as pessoas e a música não foram tão assim. Os DJs principais não se apresentaram, a banda convidada não era essas coisas e o povo era uma mistura de turistas perdidos – eu sabia o que estava fazendo – e locais entediados. Tudo bem diferente das fotos que eu tinha visto. Mas coloquei a dica aqui porque, na semana seguinte, umas amigas pra quem indiquei o lugar estiveram lá e, para elas, foi a melhor balada de todos os tempos. Com direito ao Steve Aoki e o Does it offend you, yeah? tocando por lá. Pois é. Quem sabe da próxima vez.

Conversas de Aeroporto

Depois de receber um CD autografado de um senhor estrangeiro, por ajudá-lo a fazer uma ligação internacional no orelhão, a mocinha do quiosque comenta com um outro passageiro:

Menina do quiosque: Nosssa não sabia que ele era cantor!
Passageiro: É sim.
Menina do quiosque: Ele tá começando?
Passageiro: Não. Tá terminando.

Contando estrelas


Esse eu não encontrei. Ainda bem!

Ir a Los Angeles e não encontrar uma celebridade é como ir a Los Angeles e não encontrar uma celebridade!

Kurt Russel – comendo no Johnny Rocket da 3rd Street Promenade
Diego Luna – correndo em Venice

BÔNUS
Rogério Flausino – no Treasure Island Festival em SF (Hahahaha!)

Daqui a pouco, mais uma saraivada de posts sobre minha viagem

28.10.08

Tatuagens novas. Texto antigo.



Funciona mais ou menos assim: você escuta os outros falando como é bom, vê algumas pela rua e aquilo acaba despertando a curiosidade. "Como seria se eu tivesse uma tatuagem?" A partir daí é possível que você pense mais seriamente no assunto ou simplesmente deixe o tempo passar. Até que um dia ela aparece. A ilustração perfeita. Claro, tem gente que pega qualquer desenho porque "acha bonito", porque "é legal". Outros preferem fazer uma pesquisa mais detalhada. Mas, pra mim, ela surgiu naturalmente. Uma figura que tem a ver comigo, que diz algo sobre mim, e que, porque não, me completa. Começa a fase do namoro, da análise, das dúvidas, "será que é isso mesmo que eu quero?". Porque não dá simplesmente para pensar "Ah, se não ficar bom, eu tiro". E, assim, chega o dia da decisão enfim tomada. Felicidade e ansiedade em doses iguais, por aquilo que somente está por vir. Mas tudo isso passa. E vem a dor. Estridente, desconcertante. Sim, suportável, mas que desestabiliza e, por alguns instantes, faz esquecer todas aquelas coisas boas do processo: a escolha do desenho, as melhorias feitas nele com o tempo, a notícia dada aos amigos. Uma dor que, apesar de tudo, é necessária. A gente levanta daquela mesa e promete nunca mais se sujeitar àquilo de novo. Passar por tanto sofrimento não vale a pena. Não compensa. Aos poucos a ferida das agulhas cicatriza. Cria-se uma casca, preparação para a pele nova que nasce. A coceira te recorda algumas vezes do que a pouco você passou. Até que um belo dia, do nada, você se esquece. Da tatuagem e da dor. E olha que o desenho está ali. O sentimento, não mais. Vez ou outra a gente dá de cara com a imagem te olhando no espelho. Ou alguém lembra você dela. Mas a marca já se incorporou. Depois de tudo já não parece tão absurdo fazer outra. E foi assim, pensando em fazer minha segunda tatuagem, que eu encontrei, despretensiosamente, uma interessante metáfora para o amor.

25.08.2004 (na época da minha primeira tatuagem)

27.10.08

Migalhas

E nós ficamos ali, parados, um olhando para o outro, por pelo menos 15 minutos. Eu já tinha dito tudo e até um pouco mais do que precisava. Ela, mesmo calada, parecia explicar, tim-tim por tim-tim, porque as coisas entre nós não dariam certo. Só com o jeito de piscar, de mordiscar levemente os lábios, de arquear os ombros. O ponto final do seu silencioso discurso foi um longo e apertado abraço. Foi quando senti uma estranha sensação de algo se despedaçando em minha calça. Ela saiu, sem se despedir e sem olhar para trás. Minha única reação foi enfiar a mão em meu bolso. Para tirar de lá uma esfarelada paçoquinha chamada Amor.

26.10.08

Repetência

Ela repete sem paciência. Chega a alterar a voz. E me põe de castigo. Me repreende na frente de todos. Sem contar as reclamações por escrito. A palmatória, ela ameaçou ressucitar. O chapéu de burro e o canto da parede, também. E, por mais que a lição seja passada e repassada, eu não aprendo.

16.10.08

Hey, Mr. Deejay



Com o convidado especial, DJ Lúcio, debutando na noite paulistana! ;)

13.10.08

Enquanto isso, nunca é demais lembrar...

Uma mentira, seja qual for, sempre dói mais que a verdade.

Justiça ao Cubo

Foram 3 shows do Justice em 1 semana. Com direito à briga, franceses ensandecidos, muitas fotos e vídeos. Também conto pra vocês em um minuto.


O exato momento, segundo meu amigo Léo, em que a nave espacial fez a curva. Justice no Circo Voador no Rio de Janeiro.

Colocando as coisas nos trilhos



Daqui a pouco eu retomo esse buteco aqui, depois de tantas promessas. E começo contando das minhas férias em Los Angeles e San Francisco. Vai se acomodando, que já já a gente sai. Pode ficar em pé na lateral se quiser. Mas sempre olhando pra frente.