19.3.05

Gente come a gente

Pô, qualé! Porque que eu não posso rir das mazelas dos outros de vez em quando? Esse papo de ser bonzinho o tempo todo também cansa, caceta! É despeito sim, e daí? Vai dizer que o veneninho de vocês fica o tempo todo guardado? Entalado sempre não dá. Debocho mesmo. E não tô nem aí se é um soldadinho inimigo derrubado em uma guerra perdida. Toma, otário. Depois você volta pro seu bem-bom e eu pro meu inferninho. Dou o dedo e saio correndo, feito um covarde. Mas volto outro dia. Você foi a pedrada na minha cabeça. E vou ser sempre uma pedra no seu sapato. Um pisão em falso e POW! Tomara que você sinta um décimo da dor que eu senti. Não melhora a situação, mas não é só sendo bom que a gente se sente humano. Todo mundo pode, porque não posso? Pô, qualé!

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