23.5.05

O Tao restaurante

Atire o primeiro caroço espinhento de pequi quem nunca falou que não existe um restaurante de padrão internacional em Goiânia. É, mas tem sim. O tailandês moderninho Tao. Façam carão agora, brasilienses acostumados com a enganação Thai-landesa de cozinha con-fusion. Já no ambiente, o tailandês goiano começa com o pé direito. Um pé direito alto, com lanternas estilo oriental estilizadas. Mais um espaço aberto na varanda e um tatame no segundo andar. Na falta de um drink genuinamente tailandês, fomos de caipiroska com vodka russa mesmo. A escolha acabou sendo perfeita pra combinar com os rolinhos vietnamitas da entrada. Kani, pepino, cenoura, shitake (ou shimeji, que eu nunca sei qual "shi" é qual), enrolados em papel de arroz acompanhados de shoyo e um molho picante delicioso. Recomendo ainda o Tao Mix, uma espécie de sample com todas as entradas do restaurante. O prato principal foi coxa e sobrecoxa de frango, com curry verde, broto de bambu, shitake (ou shimeji, sei lá) acompanhados de arroz jasmim. Picante e muito gostoso. Na verdade, as opções tailandesas - que como vocês podem ver não são tão thai assim - são poucas. No cardápio eles acabam fazendo uma misturada que inclui até confit de canard. Aquele deslumbramento típico de Goiânia, que faz as meninas irem de longo pra boate. Mas, em compensação, o preço também é bem típico de lá: barato, muito barato. Paramos nossa viagem pelo Sudeste Asiático na sobremesa. Ao invés das frutas tropicais grelhadas, optamos foi pelo suflê de goiaba com calda de catupiry. Fazia tempo que eu não tinha uma noite gastronômica tão diferente. E se você um dia estiver perdido por Goiânia, e estiver procurando um restaurante bom que não use milho em nenhuma de suas receitas, ele é o Tao.

P.S: evite quase morrer correndo bêbado de carro à noite pelo trânsito louco de Goiânia atrás de um caixa eletrônico. Leve dinheiro ou cheque para o restaurante.

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