Lapônia News

José Dirceu pede outra liminar e irrita Papai Noel.

Um tango em Paris. 9 rocks em Londres.

Vi neste fim de semana o filme "9 Canções" e tenho que confessar: a película provocou meus instintos mais primitivos. Acho que desde que o Marlon Brando "amanteigou" a Maria Schneider (Didi Mocó, op. sit.) uma relação sexual no cinema não me passava tanta crueza. Nada de luzes indiretas, movimentos sincronizados em câmera lenta ou "Slave to love" tocando ao fundo. Mas, deixando de brincadeira, acho que o filme ficou no meio do caminho entre as transas coreografadas de Hollywood e o cinema pornô do Vale de San Fernando porque apresenta um intimidade entre o casal que é difícil de conseguir em um set. O sexo é sincero, os movimentos são reais, o desempenho é o de uma dupla entrosada pelo convívio. Nada é mecânico ou falso. Pena que todo esse tesão tenha sido colocado em um filme que, no final, deixa a sensação de uma verdadeira broxada.

Quem vive de passado é mané.

"Hoje resolvi entrar na internet para ler um pouco como foram as comemorações do ano novo no Brasil. Como sempre faço, entrei na página do Correio Braziliense. E me deparei com a imagem da capa da edição de hoje: uma multidão na posse do Lula. Quem me conhece bem sabe que não sou petista mas muito nacionalista, no sentido mais democrático da palavra. Quero o bem do meu país acima de tudo. E foi com um aperto no coração que li os textos sobre a posse do nosso novo presidente. É uma sensação diferente quando se está longe e percebe as transformações da sua terra natal. Por aqui, todos que conheço me perguntam sobre os rumos que o Brasil vai tomar agora e sempre falo da esperança que todos depositam nessa mudança. E foi essa esperança, vista nas fotos da festa da posse que me comoveu. Aqui, em um cibercafé, com mais de 100 pessoas, tive que me controlar pra não escapar uma lágrima verdadeira de emoção. Mais ainda, por que sei que, dando ou não certo as coisas por aqui, voltarei com certeza pro Brasil. Por que não sou um fugitivo, como costumo dizer aos que me perguntam o porquê da viagem, sou um embaixador.

E vou fazer minha parte, mesmo na Europa, pro Brasil de uma vez por todas dar certo.

Abraços cheios de esperança,

Lucio Caramori."

Mensagem enviada à meus amigos no Brasil. Barcelona, 02 de Janeiro de 2003.

E olha que isso não foi o pior que encontrei nos meus aquivos...

Pá rá rá ti bum bum bum

A.: Sempre que eu ia nas touradas um touro acertava o toureiro.
L.: Que pé frio você!
A.: O contrário. Eu sempre torcia pro touro.

Cidade dos Anjos

Quem diz que o governador garotinho não fez nada pelo Rio de Janeiro não viu isso aqui.

Festival de Cinema de Brasília (sob a ótica de LLL)

Como expressão válida da visão brasileira enquanto nação, LLL apóia toda e qualquer ação de incentivo governamental ao cinema nacional que garanta a continuidade da produção audiovisual do Brasil levando à nossa população, e também ao estrangeiro, um produto criado a partir de um embasamento totalmente verde e amarelo, em contraposição à estética industrial americana e européia. Além do mais, o Guilherme Fontes e a Norma Bengell estão precisando mudar para outras coberturas.

Conversas de Canalha. (in memorian)

L: Isso é silicone?
F: Não. Isso é a prova que Deus existe.

LLL pergunta

DEPOIS que o relacionamento termina, eu sei que é comum. Mas nunca aconteceu de vocês, mulheres, olharem DURANTE um namoro para o companheiro do lado - em um momento qualquer, do nada, no meio de um filme, por exemplo - e se perguntarem "o que estou fazendo com esse idiota?"

Push the Botton

"Woman should be grateful for the despair of unattached men, for it is the foundation of future loyalty and selflessness - another reason, perhaps, to be suspicious of romantically successful types, whose charms have left then unacquainted with the tragicomic process of aching for days for a woman they were too shy to address and who stepped off at the next station leaving behind a carton of apple juice and plans for marriage."

"On seeing an noticing" - Alain de Botton

Blog de papel

Se você chegou até meu blog pelo livro "Blog de Papel", não perca mais seu tempo lendo isso aqui! Corra para esse endereço e veja minhas fotos, incluindo o ensaio "Saudade", de onde tirei a foto que ilustra o conto da Ticcia.

Qual é a banda?

Whitesnake, Match Box 20, entre outros. Tá vendo?

Amplie aqui.
Mais aqui.

Going Goiânia

Vamos, então, pra Goiânia. Pro lançamento do "Blog de Papel" e pra comer pastel de pequi. Inté.

Second-Hand Sinner

"... e eu lá: com um baseado numa mão, uma garrafa de champanhe na outra, sentado na cadeira, enquanto a mina fazia um strip pra mim!"

E eu cá, escutando a história e olhando de rabo de olho pra mesa do lado, onde um padre ia ficando vermelho. (E tenho quase certeza que era um arcebispo, ou coisa que o valha, daqui de Brasília).

Dieta do blog - O trabalho impossível

Difícil começar um trabalho que você sabe que não vai dar certo. Não, não é pessimismo. Eu sei que não vai dar certo. A gente estuda, ganha experiência, queima a mufa e, no final, não é uma questão de quão bom é o resultado do seu esforço. Os planetas podem se alinhar, a paz pode invadir os corações, o cliente pode ter dado uma baita de uma foda na noite anterior. Não adianta. Vai voltar, vai ter que ser refeito e ainda corre o risco de alguém, que não entende nada do assunto, falar que quem escreveu precisa melhorar. Com que animação alguém que tem um serviço desse pela frente começa a fazê-lo? Não tenho nem ânimo pra te responder.

Dieta do Blog - A proposta de trabalho

Faz 5 meses que espero uma resposta sobre uma proposta de trabalho. Uma daquelas propostas pra mudar radicalmente de vida. E, por causa dela, a minha vida atual está engessada. Nada de planos até uma decisão. Só que ver o tempo passar sem ter um objetivo é muito angustiante. Isso tem me tirado o sono e me colocado alguns quilos, com certeza. Então chegou a hora de ir em frente. Mesmo que depois eu tenha que voltar alguns passos para trás. O que será, será. Só que eu é que não fico mais esperando. 95kg (mas já me sentindo mais leve).

A dieta do blog

Todo mundo sempre acha que sabe quais são e qual a melhor forma de resolver seus próprios problemas. Eu não sou diferente. Por isso, me auto-diagnostiquei e apontei a ansiedade com fator primordial dos 15 quilos que ganhei no último ano. Antes disso o cantor Ed Motta já havia falado em um "prazer letárgico" de comer muito e aquela foi a mais perfeita descrição de como eu encarava (e muito bem) a comida. Mas as sirenes soaram e já hora de fazer algo antes de voltar aos famigerados 109 quilos de outrora. Então, resolvi criar uma dieta própria, que combata principalmente a ansiedade, com um método revolucionário e moderno: a dieta do blog. Ao invés de empadinhas, palavras. Sempre que algum assunto me aborrecer, escreverei filosoficamente sobre ele aqui. Mais Platão, menos Plenty. Um verdadeiro Xenical d´alma, pra não deixar a cabeça absorver as gorduras polissaturadas da vida. E vocês vão poder acompanhar se a dieta está dando certo com a atualização do meu peso ao final de cada texto. Mas, claro, eu também vou voltar pra natação pra garantir o resultado. Vamos ver onde isso vai dar.

Diário (mental) de viagem

Às vezes eu fico feliz de não ter escrito um diário da minha viagem pela Europa. O registro tem que ser consultado, a memória nem sempre. As lembranças simplesmente aparecem de uma hora para outra, sem avisar, dando uma alegria inesperada em um dia inútil. Hoje lembrei de uma pequena igreja que visitei na cidade de Cadaqués, na Catalunha. Ela ficava encrostada entre as casas caiadas tão características das cidades à beira do Mediterrâneo. De um parapeito à frente da entrada era até possível ver o mar. Mas a grande (e inusitada) descoberta ficava dentro do pequeno templo. Sem nenhuma janela ou abertura, era impossível enxergar qualquer coisa dentro da aconchegante capela. Até que descobri uma caixa metálica pendurada em uma das paredes. Em catalão,francês e espanhol, uma placa explicava o funcionamento das luzes que iluminavam o altar. E pedia 1 Euro. Como bom viajante duro que eu era, fingi me atentar às poucas formas que se podiam perceber na escuridão até que algum outro turista mais afortunado colocasse na caixinha uma moeda. E logo fez-se a luz! Lá estava o bonito altar com seus santos e detalhes dourados. Acho que era possível, inclusive, ouvir uma musiquinha nos poucos segundos em que a luz ficou acesa. Não tenho certeza. Talvez fosse bom ter um diário pra relembrar também esses detalhes.

"What though the radiance which was once so bright
Be now for ever taken from my sight,
Though nothing can bring back the hour
Of splendour in the grass, of glory in flower;
We will grieve not, rather find
Strength in what remains behind."

Intimations of Immortality - Willian Wordsworth (e que nome para um poeta)

Beija ou não beija?

Não beijou. E eu, que não acompanho novela, acabei entrando na expectativa do tão falado primeiro beijo gay da televisão aberta brasileira. E não beijou. Coitus Interruptus. Festa na sede da TFP e da Liga de Senhoras Católicas. Mas peraí? Como assim "não teve beijo"? Teve sim. Curiosamente (ou propositalmente?), no mesmo momento em que os peões tiravam um sarro (da nossa cara), a MTV mostrava o programa Beija Sapo Gay. Só com meninas. É, pode chamar de Beija Sapa sim. E lá teve beijo, sem trilha sonora brega, sem luz indireta e com direito a "bis". A TVzona segurou o IBOPE até não agüentar mais e depois deixou um monte de gente com o controle remoto na mão, decepcionada. A TVzinha mostrou o que acontece em toda esquina e muita gente não quer ver. A TVzona, que não é boba, tinha pesquisa dizendo que o público não está "preparado" pro tal beijo, mas segurou todo mundo assistindo até o último instante. A TVzinha, que também não é boa, tem pesquisa (o Dossiê Universo Jovem, o mais completo documento sobre os jovens brasileiros) dizendo que a moçada está mais tolerante e deixou o beijo rolar solto. A briga pela audiência é a mesma, o oportunismo também. Mas, como diria Chico Science, um passo à frente e você já não está no mesmo lugar. E, quem sabe, o público da MTV de hoje não vai ser o público noveleiro de amanhã?

LLL e a cadeia alimentar

Quando eu era bem novo, via as meninas da minha sala encantadas pelos meninos da 8a Série. Quando cheguei à oitava, as garotas da minha idade só saíam com os rapazes do segundo grau. Na minha vez no segundo grau, as moças que eu queria estavam sempre com os caras da faculdade. Já na universidade, aquelas mulheres só tinham olhos para os homens já formados e empregados. Hoje, empregado e "estabilizado", minhas pretendentes contemporâneas preferem os mais "maduros". Tenho o pressentimento que estou fazendo alguma coisa errada.

Esta é a habilidade

Meu pai quer que eu faça um concurso. Os quase 50 anos dele, trabalhando no funcionalismo público, não conseguem entender bem os altos e baixos dos meus 7 anos de iniciativa privada. Ainda mais agora, com DNAs, SMPBs e outras siglas publicitárias envolvidas em tanta confusão. O negócio é a estabilidade. Será? A tensão, o estresse, a correria só servem mesmo pra dar cabelos brancos, barriga e gastrite? 90% das vezes, sim. Mas essa injeção de adrenalina diária também ajuda a crescer, ainda que na marra. Quem fica "estável" perde o bonde, que cada vez é mais rápido. E, acredito, que isso vale pra todas as áreas da vida. O negócio é levar choque pra reagir. Claro, até você descobrir que isso é uma grande bobagem. O estímulo tem que vir de dentro e não de fora. Essa é a eterna estabilidade.