1.3.07

A verdade. Nada mais que a verdade.

Ah, a internet! Além de poder xeretar a vida dos outros e acessar pornografia gratuita, na rede ainda dá pra encontrar alguns filmes que dificilmente chegarão aqui. Principalmente documentários, esse gênero tão discriminado nos cinemas de Pindorama. Virou um vício pra mim e me afastou de coisas ruins, como meu blog. Mas, claro, eu não poderia deixar de compartilhar com os meus queridos 3 leitores as boas descobertas que fiz.

Soccer na terra do Football

A inacreditável história da primeira tentativa de popularização do futebol nos EUA, a partir da excêntrica história do N.Y. Cosmos, já fariam de ”Once in a Lifetime” um ótimo filme.



Mas a edição pop e a trilha composta de hits dos anos 70 deixam o filme tão divertido como jogar uma pelada com os amigos. Ou ficar fofocando, para as meninas. Aliás, as fofocas de bastidores e as brigas de egos entre os jogadores são as partes mais engraçadas do documentário.



Construções de papel



Ele corta, cola e retorce papéis. Está pronto mais um projeto e seus assistentes que se virem para colocar aquelas maluquices de pé. “Sketches of Frank Gehry” faz um resumo das obras do arquiteto americano e mostra ainda o seu maluco processo criativo. Ótimo para desintoxicar de tanto Niemeyer.



Filme estranho com gente esquisita


Koyaanisqatsi

Não tem como errar: belas imagens da humanidade com uma trilha musical new age acompanhando. O documentário “Koyaanisqatsi” inaugurou o gênero nos anos 80 e “Baraka” veio na cola, aproveitando os avanços tecnológicos do cinema para mostrar imagens ainda mais impressionantes. Ótimo para uma viagem sem sair de casa. Entenda como quiser.


Baraka

Um carro inconveniente



A GM desenvolve um carro rápido, econômico, não poluente e barato. E, depois, o que faz? Manda destruir todos eles! Parece brincadeira, mas está tudo documentado em “Who killed the electric car?” Em tempos de aquecimento global, mais informação sobre o assunto para você arrebentar nas discussões de butiquim.



A voz desafinada da América

Se, para você, exemplo de cantor “engajado” é o Bono Vox, assista “The U.S. vs John Lennon”. Toda a história de como as peripécias do inglês acabaram fazendo com que ele comesse o pão que o diabo amassou. Além de ter comido, também, a japonesa que o diabo amassou. Interessante ver como as situações da vida do cantor vão refletindo nas letras das suas músicas.


The U.S. vs John Lennon

Na mesma linha vai o documentário “Shut up and Sing”, que, além de tudo, tem um nome genial. Em uma espécie de “Teoria do Caos Musical”, a vocalista do trio country Dixie Chicks fala mal de Bush em Londres e uma revolução acontece nos EUA. O antes, o durante e o depois de mais um impressionante caso de “redneckism”.



Uma camera na mão e uma bala na cabeça.


The War Tapes

“Resgate do Soldado Ryan” só que ao vivo, a cores e de verdade. Tudo o que não se conta sobre a Guerra do Iraque está em “The War Tapes”, filmado e editado pelos próprios soldados americanos e em “The Ground Truth”, que fala sobre as tragédias que o Governo do Tio Sam esconde relacionadas com a Guerra. Não recomendados para estômagos fracos.


The Ground Truth

O Roriz Americano



Americanos votam mal, como os cariocas, e elegem um Roriz, como os brasilienses. “…So goes the nation” mostra a eleição Kerry x Bush em Ohio, o estado americano que é a síntese do país. As mancadas dos marqueteiros de Kerry, as maracutaias dos partidários de Bush e uma aula de como a arrogância dos intelecutais vira a maior arma dos ignorantes.



Pra pesquisar o que há de novo (ou antigo) em documentários, eu dou sempre uma olhada no site de trailers da Apple ou no blog True Films. E, se você estiver com muita preguiça de correr atrás das películas, o Tio LLL ainda pode fazer uma cópia da videoteca particular dele pra você. ;)

UPDATE

Deixei para assistir "Jesus Camp" depois de colocar esse post no ar. A idéia era fazer uma segunda parte com novos documentários. Mas não vai poder ficar para depois...



Mais assustador que o bispo chutando a santa. Mais horripilante que a menina pastora. Se o Oscar premiou "Uma verdade inconveniente" por causa do perigo do aquecimento global, devia ter dado uma estatueta também para "Jesus Camp", que concorreu na mesma categoria.



Partindo da linda premissa "se no Paquistão as crianças são treinadas pelo Islã, porque não podemos fazer o mesmo aqui?", um grupo evangélico lava a cabecinha de suas crianças em nome de Jesus, tá amarrado, irmão. Entre pérolas como "No Antigo Testamento, Harry Potter teria sido condenado à morte", o documentário acompanha 3 crianças "renascidas" na religião.



O mais interessante é que, fora cenas de um radialista americano que se indigna com o que está acontecendo nessas comunidades, o filme inteiro pode ser visto com revolta, pelos "infiéis", mas também como a materialização do Céu na terra pelos crentes. A trilha, estilo Arquivo X, contribui para dar um ar até extraterreno para o que está passando na tela. Sem dúvida nenhuma, é o mais impressionante de todos os documentários que assisti. Meda, muita meda.

4 comentários:

Anônimo disse...

Vc tem mai que 3 leitores... eu sou leitora assídua e acho que deveria atualizar mais... bjo

l. disse...

Opa! 4 leitores agora, então! Tô tentando atualizar mais, tô tentando. :) l.

Anônimo disse...

Eu quero saber se sou uma das 3 ou se fiquei de quinta... ah, e "titio", será que você teria o West Bank Story também ?

;o)

l. disse...

Tenho não Cynthia. Mas, se você está indicando, deve ser coisa boa e titio vai baixar. Beijo! l.