11.1.10

Documentário de Origem Controlada - Once in a Lifetime: The Extraordinary Story of the New York Cosmos

O ano de 1977 não foi só de música, festa e cultura de rua em Nova York. Uma nova mania tomava conta da cidade: o soccer. Numa tentativa de popularizar o esporte nos Estados Unidos, uma constelação de estrelas internacionais foi contratada para mostrar aos americanos que futebol se jogava com os pés. E os bastidores dessa história estão em "Once in a lifetime". Assim como em "NY77", o visual e a trilha sonora do documentário trazem todas as referências da época. E o filme também conta com ótimas entrevistas com jogadores e dirigentes que participaram da ascensão e queda do que seria o precursor das equipes "galáticas".



Alguns detalhes da história chamam a atenção, como a força que o jogador italiano Giorgio Chinaglia exercia nos rumos da equipe, mesmo com a presença de ídolos como Pelé e Franz Beckenbauer. E, ainda, as estratégias de marketing para "americanizar" o futebol e deixá-lo menos estranho os olhos dos fanáticos pelo football.



A grande falta do filme, no sentido de perda e não de penalidade, é a presença de Pelé. Apesar da grande quantidade de gols e jogadas de Pelé, que pareciam ainda mais fáceis frente aos marcadores yankees, o maior jogador do século não quis ser entrevistado para o documentário. E, de certa forma, isso aumentou a impressão de que Chinaglia era mesmo o dono daquele time. E, no fim, fica ainda um relato dos primórdios que seria a maior revolução desse esporte: assim como o futebol virou soccer, a beleza do jogo - a partir daquele momento - se transformaria em puro business.

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