3.8.04

Coração espetado

Cupim. Cada vez que eu penso nisso fico mais puto. Como ela pode ter me largado, puta que pariu? Costela. Mulher é foda. Aquele jeito de suburbana, de garota de morro. A grana que gastei com roupa, tratamento de pele, levando pra lugar chique. Coração de galinha. Claro que amor se compra com dinheiro, cacete. Duvido que ela vá encontrar alguém que a trate do jeito que eu fazia. Tudo do bom e do melhor. Costelinha de porco. O pior é que os amigos avisavam. Essa merda de ficar apaixonado faz a gente de otário mesmo. Picanha. Apaixonado... Paixão porra nenhuma. Todo mundo sabe que eu só queria mesmo era comer aquela sacana. Filé com bacon. Porra de crise de ansiedade. Lá se vai pra cucuia o meu regime. Também foda-se. Alcatra.Tomara que meu estômago exploda, que eu morra. Melhor do que ver de novo a cara daquela vagabunda.

(N.A.: Esse texto foi originalmente escrito para um concursos de contos sobre os maiores gols da história do futebol. Na versão original, a ida até o rodízio era a minha explicação para o gol de barriga do Renato Gaúcho na final do Campeonato Carioca de 1995. Como não o encontrei, resolvi reescrevê-lo. )

29.10.03

Um comentário:

l. disse...

Hahahaha! E ainda tem os garços para as amigas, né Ti? :) l.