7.12.04

What a wonderful world

Cheguei a uma conclusão inusitada esses dias: o mundo seria um lugar melhor se fosse como a Pizzaria Dom Bosco. E só vai rir dessa idéia quem não conhece o lugar. Por lá, engravatados, hippies, malhadores, patricinhas e todo tipo de gente convive harmoniosamente. Conversam entre si os mais variados assuntos, sem imposições. Mesmo estando todos de pé, encostados no balcão, ninguém se sente desconfortável. O conforto está na simplicidade. O serviço é rápido e também não distingue credo ou cor. E não é preciso mais do que uma pizza de mussarela com molho de tomate pra fazer todo mundo ali feliz. Até porque não se vende outra coisa. Mas, quem vai lá, sabe que ela vai estar sempre quentinha e com o mesmo delicioso sabor. Não tem decepção. E não tem ficha, cartão, comanda, nada. Cada um guarda na cachola o que consome e, na saída, faz um relato do que comeu. Se você quiser, pode falar qualquer coisa. Dificilmente alguém vai fazer alguma coisa se você mentir. Fica por conta da sua consciência. E apesar das calorias consumidas com uns poucos reais, que além de tudo esse universo é um lugar barato, a gente sai de lá mais leve. Fica então a idéia de colocar o Eli, o dono meio mal-humorado da Dom Bosco, como gerente do mundo. Pelo menos mate não vai faltar.

(Pra ler escutando "Um passeio no mundo livre", do Chico Science)

3 comentários:

Lu disse...

Puxa, Lu, vamos falar com o Eli? Quem sabe ele topa, hã? Beijoca.

Anônimo disse...

Interessante a leitura que fez do lugar, fui lá uma vez só! Agora se houver uma próxima, vou lembrar do seu blog. :o) Bjs. Raquel.

isabel alix disse...

Dom Bosco, nesta ciudad onde vivo, é um colégio.

No Third Watch, aquele enlatado americano, tem um personagem italianinho nanico espevitado e gostoso que dá vontade de espancar (ele é irritante) e beijar muito (ele é tesudo) que é o ... Bosco.

Imagina isso com sotaque norte americano: bôsh-côw. diliça.